terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dentro de você.

Bateram na minha porta hoje e me perguntaram onde morava a felicidade. Não acreditei que me fariam aquela pergunta ridícula, sentimentos eram pra ser só sentimentos, não residem em nenhum lugar. Não. Não era nem é isso.
Eu só estava tentando disfarçar uma dor, de uma ferida interna, nada de graves complicações... é apenas uma feridinha interna, mas que dói sem dó de querer doer. Eu não posso culpar ninguém que ainda acredita que a felicidade está logo ali, porque para aqueles que realmente acreditam, é bem ali que ela está.
Eu parei, respirei, baixei os olhos e num relance vi a felicidade estendendo a mão pra mim e uma maleta de primeiros socorros. Na verdade, era uma chance que eu tinha pra curar minha ferida.
Me recompus, eu precisava dar uma resposta. Fui sincera e desabafei.
Levantei os olhos e disse: Meu caro, a felicidade mora bem dentro de você.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Faz tempo,

Faz tempo, muito tempo que não nos vemos. Me afastei evitando novos constrangimentos, mas me aproximei ao lembrar do seu sorriso. Lembranças vagas preenchem meu peito, que já não sabe se chora ou sorri. E o velho conhecido sentimento nostálgico invade minha alma. Um sentimento de não satisfação em fazer o que tenho feito. Uma vontade louca de te levar pra longe daqui, nem mesmo o céu será o limite nessa viagem. Vagando por aí, revivi momentos que não vivi. Sonhei sonhos que nunca havia sonhado. Fiz promessas impossíveis de um amor impossível de ser realizar. Circunstâncias me impediram de viver ao seu lado o que planejei quando criança. Talvez tenha sido esse o motivo de te perder: a infantilidade de acreditar que você poderia ser meu príncipe. Fui embora sem me despedir, mas não fiz diferença em não estar presente em sua vida. Não olhei em seus olhos, não te abracei, não blefei e não consegui tornar seu coração prisioneiro ao meu. Seu magnetismo não saiu da minha pele e você não saiu da minha mente. E quando toca o telefone ninguém atende, não vale à pena atender e não ser você do outro lado da linha. Como você disse que iria ser o tempo passou, mas a magia não. Eu simplesmente me desprendi de mim e me apeguei em você. Ainda te espero no mesmo lugar, embora não seja mais a mesma, nem a brisa que me sopra é. De que valeram meus jogos de sedução? Na maioria do tempo foram em vão e na maioria do tempo eu não estava brincando. Não que eu queira, mas você me obriga a gostar de toda essa situação. Você poderia ter apenas abandonado o barco e negado minhas palavras. Ao contrário de você, eu nunca negaria meu conto de fadas incompleto, imperfeito, irrealizável. De tudo que te pedi, o principal era que nunca me deixasse. Você veio, roubou minhas energias e não voltou, talvez nunca volte. E até quando será necessário eu implorar por algo que me sufoca e toma conta de mim. Não pedi que isso acontecesse, apenas aconteceu e parece não querer parar. Se faz tempo que não te vejo, faz mais tempo ainda que insisto em querer te ter. Já não sei o que dói mais, a dor de não ter você por perto ou o fato de talvez nunca poder viver o que sempre sonhei ao seu lado. Faz tempo que eu queria te dizer.